A partir do início de 2010 comecei a realizar pesquisa com um grupo de sacerdotes do candomblé angola de Nova Iguaçu, Rio de Janeiro. Esses sacerdotes desenvolvem e participam de uma série de movimentos dentro do município, atividades "sociais" e "culturais", dentre outras sem classificação muito clara, em torno das quais participam e travam relações diversas com e na política do município. O trabalho tem buscado refletir, a partir dessas atividades, especificamente aquelas que tratam do uso do espaço público para realização de oferendas, sobre os diálogos entre sacerdotes e seus interlocutores, sobre redes e associações que são compostas, e sobre noções como "social", "cultural", "política", "natural" e "sobrenatural", colocados em evidência nesses movimentos.